Na minha terra há um sino
Que anuncia batizado,
Casamento e enterro.
Inda bem que ele não toca
O dobre do meu desterro!
Na minha terra há um sino
Que anuncia casamento,
Enterro e batizado.
Inda bem que não convoca
Ao filme do meu passado!
Na minha terra há um sino
Que anuncia enterros,
Batismos e casamentos.
Que sons ele emitiria
Pra anunciar meus sentimentos?
O sino da minha terra,
À consciência do cristão,
Faz anúncios de piedade.
Inda bem que ele não plange
Os tons da minha saudade!
Ao som desse sino antigo,
Vendo a serra, o céu azul,
Vou de morena em morena,
Das veredas do Sertão,
Aos vales verdes do Sul.
Paramirim, 02/fev/2008
Um comentário:
Nossa Nado, não vivi esta época. Já li sobre a ditadura nos livros de história, mas nada me passou tanto sentimento quanto suas palavras. Palavras de quem sofre a síndrome da rua Tutóia. Que sua cura seja alcançada. Abraço saudoso, Wilsinho.
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