Não!
Não me venhas com essa conversa mole,
De clichês e frases feitas de bordões!
Não quero que me consoles.
Não!
Não me venha com teu abraço frio!
Esse abraço que não aperta... Mas aparta.
Que não creio em afetos que não crio.
Não!
Não me olhes com esse olhar que não me vê!
Libero-te do gesto constrangido...
Não estamos em programa de TV.
Não!
Poupemo-nos dos risos maquinais, por hábito.
Pra bem longe com teus dentes de alcatrão,
Que tua boca exala cinismo e mau hálito!
Vai!
E quando passares por aquela porta,
Esquece que existi, despe o passado!
E vive em paz a tua vida torta.
Vai!
Apaga a luz, deixa o portão fechado,
Já te risquei do livro, és letra morta,
Um conto que escrevi, mal acabado.
Bsb, mar/2009
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